terça-feira, 11 de agosto de 2009

Continuação Folclore

Conhecendo as lendas do nosso folclore

Como toda data especial merece um cartão (cartão de Natal, Dia das Mães, de aniversário), o Dia do Folclore também vai ter um.
Peça para as crianças trazerem materiais como lantejoulas, purpurinas, fitas, lacinhos e outros bem bonitos para enfeitar o cartão. Para esta atividade, basta uma folha de sulfite, dobrada ao meio ou um quadrado de cartolina também dobrado ao meio em formato de cartão. Você vai contar 3 ou 4 lendas do folclore, enfatizando bem as características dos personagens, por exemplo, cabelos imensos e bem verdes; olhos enormes; um gorro muito vermelho, bastante peludo e de orelhas compridas. Cada criança escolhe um personagem e o desenha no cartão.
Dentro do cartão, os alunos devem escrever ou colar letras tiradas de uma revista - De... (nome do aluno) Para... (nome de quem vai receber o cartão) e FELIZ DIA DO FOLCLORE. Sugira que as crianças ao dar o cartão, contem para o presenteado a história daquele personagem que ela desenhou.
ALGUMAS LENDAS:

Curupira : Um indiozinho de cabelos e olhos vermelhos, unhas azuis e os pés virados para trás. Ele é o guardião das plantas e animais da floresta.
Boitatá: É uma enorme serpente que solta fogo pela boca. Ela protege as matas das pessoas que querem incendiá-la.
Boto: Um golfinho que vive no rio Amazonas. Às vezes, se transforma em um homem bastante sedutor que conquista as mulheres.
Cuca: Uma mulher muito feia, meio bruxa, que ameaça as crianças desobedientes que não querem dormir à noite.
Saci- Pererê: O Saci aparece no meio de um redemoinho e some quando ele quer. Vive aprontando travessuras com as pessoas e maltratando os animais. Usa sempre um gorro vermelho e não larga o cachimbo da boca. Ele é pretinho e tem uma perna só. Quem conseguir arrancar o gorro da cabeça dele, pode pedir a recompensa que quiser. Essa figurinha já é quem conhecida das nossas crianças de hoje, graças ao seriado da TV Globo Sítio do Pica Pau Amarelo.
Estimule as crianças a lembrarem de algumas aventuras, que elas viram na tevê, em que o Saci participou.
Iara: Da cintura para cima é mulher e da cintura pra baixo é peixe. O seu canto é tão irresistível que hipnotiza os homens e os leva para as profundezas dos rios ou lagos. Toda tarde, ela vem para a beira do rio e fica admirando sua imagem nas águas. Os índios garantem que ela protege os rios e seus habitantes e a chamam de Mãe D' água. Para não serem atraídos pela Iara, os pescadores devem voltar para casa antes do entardecer.
Lobisomem: Quando está em forma de gente, é bem magro, pálido e mal-humorado. Nas noites de lua cheia, transforma-se em um bicho enorme, peludo, com grandes orelhas, parecido com um lobo. Sua ruindade é tanta que ele pode matar aquele que cruzar o seu caminho. Com as primeiras luzes do dia, ele corre por 7 cemitérios, vilas e encruzilhadas até voltar à sua forma humana. Conta a lenda que se um menino nascer depois de 7 irmãs, ele vira lobisomem quando fizer 13 anos.
Criação coletiva de uma história

Faça uma grande roda com todos sentados no chão. Você fala sobre um personagem do nosso folclore. Enfatize as características e as atitudes mais marcantes desse personagem. Explique que todos vão criar uma aventura nova para aquele personagem. A partir daí, você começa a criação da história coletiva. Você diz, por exemplo, que era um dia de muito sol e que alguns pescadores saíram para pescar. Nesse ponto, você passa a palavra para o aluno que está na sua esquerda e ele dá prosseguimento dizendo, por exemplo, os pescadores tinham medo de encontrar a lara. O próximo aluno vai dizer que a lara já estava lá penteando os cabelos na margem do rio.
E assim prossegue até todos participarem. Quando você notar que a história está se desviando, você interfere com alguma sugestão que dê coerência àquele personagem e que leve a uma ação. Você também pode ajudar os alunos, que sempre dizem 'não sei o que falar' dando sugestões ou fazendo perguntas do tipo 'o que você acha que a lara falou para o pescador mais valentão?' ou 'será que a lara estava sozinha ou com outras amigas?'. Durante todo o tempo, você estará anotando as partes da história em uma folha e quando a história terminar, você lê para eles e os parabeniza por terem criado uma história.

Aproveite a data para apresentar aos alunos o mundo maravilhoso do folclore brasileiro. Uma boa sugestão é conversar sobre algumas brincadeiras que atravessaram gerações como: passa-anel, ciranda, esconde-esconde, jogar pião, empinar pipa. A aula fica ainda mais produtiva, se, anteriormente, encomendar uma pesquisa aos alunos. Eles deverão perguntar aos avós, pais, tios, vizinhos como eram essas brincadeiras, regras do jogo e se eles conhecem outras. Depois, em sala de aula, é só trocar informações.

É também interessante levar para a aula figuras de grandes festas folclóricas como bumba-meu-boi, chula, frevo, festas caipiras, carnaval e também de artesanato (rendas e cerâmicas) e comidas (feijoada, pamonha). Geralmente, as revistas de turismo trazem matérias sobre esse assunto e com belas fotos. Chame atenção deles para o colorido, o material e a diversidade das fantasias e dos objetos.

E não deixe de falar sobre as lendas. Nascidas da imaginação do povo e transmitidas pela tradição oral, muitas vezes são assustadoras, mas quase sempre trazem no final uma grande lição de moral.

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